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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Muito se fala e pouco se conhece, de fato, a respeito dessa corrente maravilhosa chamada por Cosme e Damião. EU, particularmente, os AMO de paixão

Assim, compilei aqui o que tenho de mais interessantes desses materiais:
Cosme e Damião são os santos gêmeos, mortos em cerca de 300 d. C. Martirizados na Síria, porém de morte ainda desconhecida. Há várias versões para suas mortes, mas nenhuma comprovada por documentos históricos. Seu culto já estava estabilizado no Mediterrâneo no século V.

Perseguidos por Diocleciano, trucidados e seus corpos foram transportados por seus muitos fiéis até Roma, onde foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS - Cosme e Damião.
Gosto dos estudos que atestam que eram originários da Arábia, mas de pais cristãos. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio. Inclusive, em uma das fontes, explica-se que eram dois irmãos, bons e caridosos que realizavam milagres. E, segundo esses relatos, por práticas milagrosas não reconhecidas como “santas”, foram amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e inimigos dos deuses romanos.
Em outra versão, na primeira tentativa de morte, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.

Depois de mortos, Cosme e Damião apareceram materializados ajudando crianças que sofriam violências. Ao gêmeo Acta é atribuído o milagre da levitação e ao gêmeo Passio a tranqüilidade da aceitação do seu martírio. A partir do século V os milagres de cura atribuídos aos gêmeos fizeram com que passassem a ser considerados médicos, pois, quando em vida, exerciam a medicina na Síria, em Egéia e Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro. Mais tarde, foram escolhidos patronos dos cirurgiões. Sempre confiantes em Deus, oravam e obtinham curas fantásticas. Também foram chamados de “santos pobres”.

Pensando no Mediterrâneo e nos Cultos Helênicos
Há quem diga, inclusive que, na mitologia grega, há muito já se cultuava Cosme e Damião; havendo registros, desde o século V, quando seus cultos já estava estabilizados no Mediterrâneo. Como relatam a existência, em suas práticas devotivas, de um óleo santo, atribuído a Cosme e Damião, e que tinha o poder de curar doenças e dar filhos às mulheres estéreis.
Já outros concentram seus esforços para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram apenas a versão cristã da lenda dos filhos gêmeos de Zeus, Castor e Pólux. Esta versão é combatida por aqueles que acreditam na real existência dos irmãos, embora muitos estudos antropológicos façam supor que haja uma adaptação do costume pagão e que, ao longo das histórias de absorção cultural entre culturas dominantes, incluía-se, predominantemente, a assimilação de cultos e deidades em geral.

Pensando no Brasil e nos Cultos Afro-brasileiros
No Brasil, em 1530, a igreja de Iguaraçu, em Pernambuco, consagrou Cosme e Damião como padroeiros. No dia 27 de setembro, quando é realizada a festa aos santos gêmeos, as igrejas e os templos das religiões afro-brasileiras são enfeitados com bandeirolas e alegres desenhos.
Na Umbanda, são associados aos “ibejis”, gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas. O nome Cosme significa “o enfeitado” e Damião, “o popular”.

Este personagem material e espiritual surgiu nos cultos Afros quando uma macamba (denominação de mulher, na seita Cabula) dava a luz a dois gêmeos e, caso houvesse no segundo parto o nascimento de outro menino, era este considerado “Doum”, que veio ao mundo para fazer companhia a seus irmãos gêmeos. Caso viesse à luz duas meninas gêmeas, recebiam o nome de “Liana” e “Damiana” e, se nascesse outra menina a seguir, a esta criança davam e dão o nome de “Damiana”.
Estas religiões os celebram no dia 27 de setembro, enfeitando seus templos com bandeirolas, bexigas e alegres desenhos, tendo-se o costume, principalmente no Rio de Janeiro, de dar às crianças (que lotam as ruas em busca dos agrados) doces e brinquedos.

As oferendas realizadas pelos umbandistas se estendem de hoje até o dia 12 de outubro (Dia das Crianças) e consistem em depositar, em um jardim ou parque, doces, refrigerante de guaraná, velas azuis (para homenagear meninos) e rosas, para meninas.

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